O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi direto ao ser questionado nesta sexta-feira (20) se aceitaria ser candidato a presente da República nas próximas eleições: "Não, eu não me entendo como candidato em 2026".
A declaração foi dada em café da manhã com jornalistas, para fazer um balanço de fim de ano sobre as atividades da pasta.
Haddad foi questionado sobre a pesquisa Genial/Quest, divulgada no último dia 12, que mostra Haddad como dono do maior potencial de votos para o cargo de presidente, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva opte por deixar o pleito.
O ministro avaliou que Lula tem condições de chegar competitivo às eleições de 2026 por sua experiência, seus compromissos com a sociedade e pelo próprio simbolismo.
Ele lembrou a crise cambial de 1999 (quando o Brasil mudou o câmbio de fixo para flutuante), que foi bastante pior do que a atual e levou a taxa de juros ao patamar de 45%. O governo da época, disse ele, adotou medidas que conseguiram colocar a economia na rota do crescimento no ano seguinte.
Se não tivesse ocorrido, em 2001, o episódio do “apagão” de energia elétrica, possivelmente o partido do então governo, o PSDB, tivesse chegado competitivo às eleições de 2002.
Nas eleições de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva conquistou seu primeiro mandato presidencial, disputando com José Serra (PSDB).