Delicada, exótica e, dependendo da variedade, muito rara, a orquídea é uma planta que necessita de cuidados especiais para manter-se saudável e florescer, pelo menos, uma vez por ano. Um deles é o vaso escolhido.
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O recipiente deve atender às exigências e ser resistente, pois será “abrigo” por alguns anos, explica Alan Belettini Scandolara, gestor ambiental especializado em botânica e proprietário do orquidário Kakay.
Os vasos de vidro não são recomendados para o cultivo, segundo ele. O ideal são aqueles de plástico, com os de cerâmica ou cachepôs e placas de madeira como segunda opção.
O primeiro passo é analisar o tamanho da orquídea para encontrar o vaso certo. Geralmente, a recomendação para as plantas adultas é o número 13, que tem dimensões de 10 x 13 x 13 centímetros para altura, boca e fundo, respectivamente.
Após escolher o recipiente, é só realizar o plantio. A técnica se resume a retirar o excesso de raízes mortas da orquídea com uma tesoura esterilizada e colocar, no fundo, materiais que garantam a drenagem, como isopor ou pedra.
“Com isso feito, é só assentar a planta, completar com substrato e estaquear para que ela não balance com o vento e corra o risco de machucar”, diz Scandolara.
O substrato indicado pelo especialista é o mix de casca de pinus tratado com casca de arroz carbonizada junto a uma quantidade pequena de sphagnum na base. O produto é um tipo de musgo encontrado na beira de lagos para controlar a umidade.
Até o completo enraizamento no vaso, a orientação é regar bem a orquídea.
Sim, afirma Alan Scandolara. Os furos permitem que a água não fique armazenada no fundo do recipiente junto às raízes. O contato do líquido com a parte enterrada da planta por muito tempo aumenta o risco de apodrecimento e, como consequência, a morte da orquídea.
De acordo com Luiz Pereira de Mattos Filho, colecionador e produtor de orquídeas, a condição pode fazer diferença dependendo da variedade. A phalaenopsis, por exemplo, além das folhas, faz a fotossíntese por meio das raízes.
“Neste caso, pode-se usar o vaso transparente ou leitoso, pois isto permite que a luz entre e ajude no processo. Não são todas, mas acontece com alguns tipos. As vandas também podem ficar com as raízes expostas”.
O transplante para o novo recipiente pode ser realizado diante das seguintes situações:
O novo vaso deve ter cerca de três dedos a mais que o anterior para que possa abrigá-la com conforto.