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Mosaic vende mina de fosfato em Minas Gerais por US$ 125 milhões

Mosaic vende mina de fosfato em Minas Gerais por US$ 125 milhões

Mosaic vende mina de fosfato em Minas Gerais por US$ 125 milhões

A americana Mosaic fechou acordo para vender um ativo de fosfato localizado em Patos de Minas (MG) para a brasileira Fosfatados Centro, por US$ 125 milhões. A empresa brasileira, que pertence a Rodolfo Galvani Júnior, presidente do conselho e sócio controlador da Galvani Fertilizantes, assumirá a operação da mina e das barragens de rejeitos da unidade, que atualmente não estão em operação.

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O negócio sinaliza o aumento da competição no mercado brasileiro de fertilizantes, que movimentou US$ 35,8 bilhões em 2024 e deve crescer em média 5,6% ao ano até 2030, segundo a consultoria Mordor Intelligence.

A Fosfatados Centro não tem vínculo com a Galvani. O empresário criou a companhia em dezembro de 2024 para operar a jazida de Patos de Minas e para “aumentar a produção nacional de fertilizantes fosfatados e atender o mercado do Centro-Oeste do Brasil”, informou a empresa por meio da assessoria de comunicação.

Em nota conjunta com a Mosaic, Galvani Júnior afirmou que o acordo representa “um passo importante para o fornecimento de fosfato ao mercado de fertilizantes brasileiro e demonstra nosso compromisso com o avanço do Plano Nacional de Fertilizantes”. Karen Swager, vice-presidente executiva de operações da Mosaic, disse que a venda faz parte da estratégia da empresa de revisar e monetizar ativos não essenciais e realocar capital para áreas de retorno maior.

A Mosaic opera seis minas no Brasil, sendo três em Minas Gerais, uma em São Paulo, uma em Goiás e outra em Sergipe. A unidade industrial fica em Uberaba (MG). A empresa tem ainda nove plantas de mistura e distribuição, além de dois escritórios administrativos. Neste ano, ela vai inaugurar uma misturadora em Palmeirante (TO).

No terceiro trimestre de 2024, a Mosaic registrou lucro líquido de US$ 122 milhões — um ano antes, a companhia teve prejuízo de US$ 4 milhões. A receita caiu 21%, para US$ 2,8 bilhões, em decorrência da queda dos preços de venda dos insumos.

A transação entre Mosaic e Fosfatados Centro está sujeita à aprovação de órgãos regulatórios, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e ao cumprimento de condições anteriores ao fechamento do acordo.

Para Bernardo Silva, diretor-executivo do Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), esse e outros movimentos recentes indicam interesse de mais competidores pelo mercado. A Petrobras anunciou que analisa com a Unigel a retomada das atividades no segmento de fertilizantes nitrogenados com a volta às mãos da estatal da gestão das fábricas na região Nordeste. A Potássio do Brasil, da Brazil Potash, por sua vez, avança na instalação de uma planta de potássio em Autazes (AM).

“O cenário indica um aumento não só no volume produzido no país, mas no número de competidores, o que é positivo. Já mapeamos investimentos de R$ 35 bilhões. Alguns vão gerar resultados em alguns anos”, observou Silva. Atualmente, Mosaic, Fertipar, Eurochem, Yara e Cibra respondem por 71% do mercado de fertilizantes no país, segundo a GlobalFert.

Fonte do artigo:aplicativos de apostas loteria